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Corpo de Bruno Pereira é velado e cremado em cerimônia com despedida indígena em Pernambuco; veja

Corpo de Bruno Pereira é velado em cerimônia com despedida indígena em PE

24.jun.2022 - Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24). Bruno Pereira foi assassinado junto com o jornalista inglês Dom Phillips enquanto faziam uma expedição na região do Vale do Javari, no Amazonas. - MARLON COSTA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24). Bruno Pereira foi assassinado junto com o jornalista inglês Dom Phillips enquanto faziam uma expedição na região do Vale do Javari, no Amazonas.

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24.jun.2022 - Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE). Bruno Pereira foi assassinado junto com o jornalista inglês Dom Phillips enquanto faziam uma expedição na região do Vale do Javari, no Amazonas. - MARLON COSTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

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Velório

Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE).

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24.jun.2022 - Beatriz Matos (de blusa branca), viúva do indigenista Bruno Pereira, que foi assassinado na Amazônia junto com o jornalista britânico Dom Phillips, é consolada durante o funeral de Bruno em um cemitério do Grande Recife. - REUTERS/Diego Nigro

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Beatriz Matos (de blusa branca), viúva do indigenista Bruno Pereira, que foi assassinado na Amazônia junto com o jornalista britânico Dom Phillips, é consolada durante o funeral de Bruno em um cemitério do Grande Recife.

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24.jun.2022 - Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE), nesta sexta-feira (24). Bruno Pereira foi assassinado junto com o jornalista inglês Dom Phillips enquanto faziam uma expedição na região do Vale do Javari, no Amazonas. - MARLON COSTA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Velório

Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24). Bruno Pereira foi assassinado junto com o jornalista inglês Dom Phillips enquanto faziam uma expedição na região do Vale do Javari, no Amazonas.

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24.jun.2022 - Indígenas pedem justiça pelas mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips durante o velório de Bruno em Paulista (PE). - JOÃO CARLOS MAZELLA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Indígenas pedem justiça pelas mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips durante o velório de Bruno em Paulista (PE).

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24.jun.2022 - Caixão com o corpo do indigenista Bruno Pereira foi coberto com bandeiras de Pernambuco, do time de futebol Sport e com a camisa da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari). - MARLON COSTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

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Caixão com o corpo do indigenista Bruno Pereira foi coberto com bandeiras de Pernambuco, do time de futebol Sport e com a camisa da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari).

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24.jun.2022 - Pais do indigenista Bruno Pereira chegam para o velório do filho no Grande Recife. Os indígenas do povo Xukuru fizeram uma homenagem ao Bruno Pereira com cantos sagrados. - JOÃO CARLOS MAZELLA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Maria de Graça e Max Pereira, pais do indigenista Bruno Pereira, chegam para o velório do filho no Grande Recife. Os indígenas do povo Xukuru fizeram uma homenagem ao Bruno Pereira com cantos sagrados.

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24.jun.2022 - Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24). - MARLON COSTA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24).

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24.jun.2022 - Indígenas estiveram presentes no velório do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24). - MARLON COSTA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Indígenas estiveram presentes no velório do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24).

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24.jun.2022 - Mensagem com pedidos dos indígenas durante o velório do indigenista Bruno Pereira, no Grande Recife. - JOÃO CARLOS MAZELLA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Mensagem com pedidos dos indígenas durante o velório do indigenista Bruno Pereira, no Grande Recife.

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Caixão com o corpo do indigenista Bruno Pereira foi coberto com bandeiras de Pernambuco, do time de futebol Sport e com a camisa da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari).

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24.jun.2022 - Maria de Graça e Max Pereira, pais do indigenista Bruno Pereira, que foi assassinado na Amazônia junto com o jornalista britânico Dom Phillips, choram durante o funeral do filho no Grande Recife. - REUTERS/Diego Nigro

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Maria de Graça e Max Pereira, pais do indigenista Bruno Pereira, que foi assassinado na Amazônia junto com o jornalista britânico Dom Phillips, choram durante o funeral do filho no Grande Recife.

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24.jun.2022 - Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24). - RAFAEL VIEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Velório do corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24).

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Coroas de flores no velório do indigenista Bruno Araújo Pereira no Cemitério Morada da Paz em Paulista (PE) nesta sexta-feira (24).

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24.jun.2022 - Na manhã desta sexta-feira (24), o corpo do indigenista Bruno Pereira, que estava desaparecido desde do último dia (05) e foi encontrado no último dia (15), foi velado no cemitério Morada da Paz no município de Paulista, região metropolitana do Recife (PE), cerca de 18km da capital. Camiseta pede por justiça pelas mortes de Bruno e Dom Phillips. - RAFAEL VIEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Na manhã desta sexta-feira (24), o corpo do indigenista Bruno Pereira, que estava desaparecido desde do último dia (05) e foi encontrado no último dia (15), foi velado no cemitério Morada da Paz no município de Paulista, região metropolitana do Recife (PE), cerca de 18km da capital. Camiseta pede por justiça pelas mortes de Bruno e Dom Phillips.

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24.jun.2022 - Indígenas participam do velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista. - JOÃO CARLOS MAZELLA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Indígenas participam do velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).

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Indígenas participam do velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).

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Indígenas participam do velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).

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Indígenas participam e pedem justiça no velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).

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Velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).

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Caixão com o corpo do indigenista Bruno Pereira foi coberto com bandeiras de Pernambuco, do time de futebol Sport e com a camisa da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari).

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Velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).

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Velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).

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Pessoas choram no velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).

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Velório do indigenista Bruno Pereira no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).

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Leonardo Benassatto e Diego Nigro

Da Reuters

24/06/2022 19h41Atualizada em 24/06/2022 21h27

O corpo do indigenista Bruno Pereira, assassinado este mês enquanto investigava ameaças a povos isoladas da Amazônia, foi velado nesta sexta-feira em seu Estado natal de Pernambuco, com uma despedida tradicional indígena antes da cremação.

Pereira, de 41 anos, pai de três filhos, foi cremado após um funeral ao qual compareceram sua família e indígenas que prestaram homenagem ao homem que ou sua carreira estudando e defendendo os povos originários.

Cerca de doze homens e mulheres indígenas do povo Xukuru disseram adeus a Pereira com música e dança, enquanto uma foto dele descansava em cima de seu caixão, coberto com bandeiras de Pernambuco e do clube de futebol Sport Recife.

"Viemos honrar nosso guerreiro, o guerreiro Bruno, que hoje se torna um mártir para todos nós, para a causa indígena", disse Marcos Luidson, líder da comunidade Xukuru em Pernambuco.

Pereira começou a trabalhar na agência indígena Funai em 2010 no Vale do Javari, uma área remota que abriga a maior concentração de povos isolados do mundo.

Foi lá que Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados no começo deste mês enquanto estudavam as tentativas dos povos indígenas de se defenderem contra caçadores, garimpeiros, madeireiros e pescadores ilegais.

Pereira foi colocado em licença pela Funai em 2019, após trabalhar com a Polícia Federal em uma operação que destruiu 60 barcos usados por garimpeiros. Anteriormente naquele ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia criticado policiais por destruírem equipamentos confiscados de garimpeiros e madeireiros ilegais.

A retirada de Pereira do seu cargo de coordenador na Funai fez parte de uma onda de cortes de funcionários e orçamentos da agência após Bolsonaro chegar ao poder em 2019.

Pereira posteriormente ajudou grupos indígenas a patrulharem o Vale do Javari contra atividades ilegais de invasores, um trabalho perigoso que o fez receber várias ameaças.

Assassinatos de defensores de terras indígenas pularam para 10 tanto em 2019 quanto em 2020, em comparação com cinco nos dois anos anteriores combinados, segundo o grupo de direitos humanos Global Witness.

No funeral, o líder Xukuru Luidson pediu responsabilização por Pereira, Phillips e todos os defensores dos indígenas que foram mortos.

"Quantos outros líderes foram mortos? Quantos guerreiros temos que foram assassinados em torno da luta por território sem visibilidade?... Muitos outros", disse Luidson.

(*Reportagem adicional de Jake Spring e Anthony Boadle)