"Geiza era uma funcionária mequetrefe", diz advogado no julgamento do mensalão
O advogado Paulo Sérgio Abreu e Silva, defensor de Geiza Dias dos Santos, disse que sua cliente era uma “funcionária mequetrefe” na agência de publicidade SMP&B, de Marcos Valério. A afirmação foi feita na sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) que julga os réus do mensalão.
“Geiza era uma funcionária mequetrefe. Ela era do terceiro escalão, uma batedeira de cheque”, disse o advogado. O argumento de Abreu e Silva é de que Geiza era apenas uma funcionária na agência e, portanto, não tinha participação no mensalão.
Na época do escândalo, Geiza era gerente financeira da agência SMP&B e subordinada a Simone Vasconcellos. Ela afirma que seu trabalho incluía realizar saques e fazer reservas para saques em espécie e nega que soubesse do acordo entre os sócios da agência e o PT.
“Por que ela iria se meter nessa aventura? A falta de sensibilidade da acusação é muito grande", afirma o advogado, que disse ainda que "o procurador [Roberto Gurgel] não sabe redigir uma denúncia."
Segundo Abreu e Silva, que hoje também apresentou a defesa de Rogério Tolentino, Geiza teve que se mudar de Belo Horizonte para Goiás após surgir as acusações contra ela. “Ela foi escorraçada pela família. Os familiares não itiam a presença dela [em BH]”, disse.
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Questão de ordem
Os ministros do STF rejeitaram, por unanimidade, uma questão de ordem apresentada pelo advogado José Carlos Dias, que defende a ré a ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello. Ele pediu a suspensão da sessão porque a ministra Cármem Lúcia teve que se retirar do julgamento para participar de uma sessão no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Antes do intervalo da sessão de hoje,Cármem Lúcia anunciou que iria se retirar, mas disse que assistiria amanhã à gravação das sustentações orais. Dias afirmou que, durante o intervalo, conversou com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, por considerar que a saída de um ministro é uma "violação à prerrogativa". "Senão, abre um precedente: grava num CD, leva para casa. Grava o voto dele e entrega para a gente", disse.
Inicialmente, Abreu e Silva havia afirmado à imprensa que não via problema na ausência da ministra. No entanto, após saber por Dias que a OAB achava que era o caso de levantar questão de ordem, disse que também iria endossá-la.
Simone Vasconcellos
O advogado Leonardo Yarochewsky, que defende a ré Simone Vasconcelos no julgamento do mensalão, citou, durante sessão no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (7), as personagens Nina e Carminha da novela "Avenida Brasil", exibida pela Rede Globo, para criticar o que chama de banalização da acusação de formação de quadrilha.
"Até na novela das oito a Carminha disse que ia processar a Nina por formação de quadrilha. É bonito isso, né">var Collection = { "path" : "commons.uol.com.br/monaco/export/api.uol.com.br/collection/noticias/politica/data.json", "channel" : "politica", "central" : "noticias", "titulo" : "Política", "search" : {"tags":"28132"} };